A Junta Constitucional Provisória substitui o Governador de Mato Grosso, Brasil, o Marechal de Campo Francisco de Paula Maggessi. Este regressou ao Rio de Janeiro onde em breve era promovido ao posto de tenente-general.
A Regência do reino dá instruções aos superintendentes das alfândegas e corregedores dos portos secos do Alentejo e Algarve para repressão do contrabando e a 3 de Julho nomeia o castelovidense João Pedro Afonso Videira para visitar esses portos.
É promovido à efectividade do posto de Tenente-General o castelovidense Francisco de Paula Maggessi, que não mais voltou a Portugal, criando família no Brasil, onde estava desde a partida com o Príncipe Regente D. João. Faleceu no Rio de Janeiro em 1847.
Mousinho da Silveira toma posse do seu lugar de Administrador Geral das Alfândegas, para que fora nomeado em 11 de Abril anterior. A sua obra reformadora e moralizadora foi extraordinária.
O Juiz de Fora de Marvão, participa ao Intendente Geral da Polícia que as mútuas acusações políticas do Prior João Estácio Mourato e do Pe. José Rodrigues Leitão, não podem seguir por falta da inquirição das testemunhas de Castelo de Vide, e outras.
O ilustre castelovidense João Pedro Afonso Videira, desembargador da Relação do Porto, é encarregado pela Regência do Reino em nome do Senhor D. João VI, de visitar todos os "portos secos" do Alentejo e reino do Algarve afim de averiguar o modo como entravam em Portugal vários géneros sem pagamento de direitos. Era cargo de responsabilidade e confiança.
Por alvará desta data é feita a mercê da administração vitalícia da capela instituída na vila pelo Padre Mateus Mourato Farrusco a favor de Mateus Dias Godinho.
Mousinho da Silveira havia sido convidado a presidir a um jantar para comemorar, como no ano anterior, a sublevação do Porto. Às 4 horas deste dia tomava o seu lugar na mesa do banquete de 200 convivas.
Alista-se no Regimento de Cavalaria nº 2, de Estremoz, António Lúcio Maggessi Tavares, nascido naquela vila a 25 de Março de 1806, filho de António Tavares Maggessi, de Castelo de Vide, e de Maria José da Costa Zagalo da Fonseca.
Castelo de Vide recebe a visita pastoral do Bispo D. José Valério, que dá como ultimada a obra da imponente Igreja de Santa Maria da Devesa, que viera substituir a antiquissima igreja mandada demolir em 1749, por estar em completa ruína.
O rei D. João VI faz Cavaleiro Fidalgo da Casa Real o nosso ilustre conterrâneo, o general António Tavares Maggessi, cuja folha de serviços à Pátria é muito notável. O seu carácter mereceu sempre aos seus inimigos políticos respeito e admiração.
Por provisão desta data, é a Câmara Municipal de Castelo de Vide encarregada de inspeccionar e fiscalizar as rendas dos expostos, juntando-se-lhes as sobras da Misericórdia.
Por carta régia desta data é nomeado Meirinho de Castelo de Vide António Pedro Aires.
É chamado pela segunda vez a exercer o alto cargo de Ministro da Fazenda de El-Rei D. João VI José Xavier Mousinho da Silveira.
D. João VI participa à Câmara de Castelo de Vide que lhe foi presente a representação de 3 de Abril sobre ser aliviado o povo da vila do imposto de dois reais sobre o vinho e as carnes frescas, aplicado às obras da igreja de Santa Maria da Devesa.
El-Rei D. João VI nomeia Mousinho da Silveira Ministro da Fazenda. Pouco tempo ocupou o lugar, devido ao movimento conhecido pela "Abrilada" (30 de Abril de 1824) mas, mesmo assim, conservou-se até 19 de Julho de 1824.
Mousinho da Silveira, referenda nesta data, como Ministro da Fazenda de D. João VI, a célebre proclamação feita de Vila Franca de Xira, para onde El-Rei fora ao encontro das tropas sublevadas por D. Miguel, no movimento conhecido por "Vilafrancada".
A Intendência Geral da Polícia do Reino manda proceder a uma devassa acerca da actividade política de José Xavier Mousinho da Silveira, ao tempo Administrador Geral da Alfândega de Portalegre, e que deixara o cargo de Provedor naquela mesma cidade.
Mousinho da Silveira deixa o cargo de Ministro da Fazenda do chamado ministério da contra-revolução, que substituira o efémero composto por José António Guerreiro, Anselmo Braancamp do Sobral, Faria Carvalho, José das Neves da Costa e João Lúcio.
Foi arrematada a construção (por 280$000 reis) do guarda-vento para a Igreja de Santa Maria, Matriz da nossa vila, que exteriormente estava concluída desde 1822, mas interiormente muito incompleta só se acabando em 1873.